Integridade política significa exercer, de forma consistente, o poder político com vista ao interesse público. Mas o que implica, ao certo, o interesse público? Numa primeira análise, implica que as decisões sejam tomadas independentemente dos interesses privados e que não tenham em vista o enriquecimento dos detentores dos cargos públicos e de poder.
O descontentamento e a perceção populares generalizados de que os poderes público e político foram capturados por grupos de interesse estão a aumentar, o que torna esta questão cada vez mais oportuna.
Já demos conta disto na nossa comunicação da semana passada, mas agora é oficial: o Parlamento deu mais um passo no processamento da petição
Juntos Contra a Corrupção, depois de a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias ter aprovado o relatório do Parlamento, último passo antes de a vontade dos cidadãos ir a plenário.
Essa discussão no plenário da Assembleia pode ser um mero formalismo ou o início de um novo ciclo na promoção da integridade pública e na relação dos cidadãos com a democracia.
Na verdade, a lei não obriga os deputados a acolher as nossas propostas. Podem simplesmente ler o texto da petição em voz alta e passar à frente, sem mais.
Ou podem acolher as recomendações que lhes transmitimos e começar o trabalho.
A diferença é a vontade política. Os deputados estão agora à prova.
Continue saudável, mantendo-se seguro/a, e tenha um bom fim-de-semana.